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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vida-meia (ii)


(foto de sebastião salgado)

sou a ponte que costura
retalhos do chão marrom
no couro da vida dura
esse riacho onde o sol
descansa sua quentura
vai me devorar a carne;
mas esse céu onde a água
vem pensando a invernada
há de me afogar a boca
quando eu subir aboiando
e deixar a morte louca.

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