
(foto de sebastião salgado)
sou a ponte que costura
retalhos do chão marrom
no couro da vida dura
esse riacho onde o sol
descansa sua quentura
vai me devorar a carne;
mas esse céu onde a água
vem pensando a invernada
há de me afogar a boca
quando eu subir aboiando
e deixar a morte louca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário