Agora,
Será agora:
Nem antes, nem depois
De agora.
Agora, sim:
Rufarão agoras de ontem,
Lembrança;
Virão agoras de amanhã,
presságio,
Para compassar esse agora,
tão magro.
Derramem as ampulhetas nas cânforas,
Silenciem os pequenos nas ágoras,
Imobilizem as nuvens com âncoras.
Assistamos aos instantes:
Ao primeiro, que é mais rápido,
Ao segundo, muito largo.
Mas antes –
Antes de passar o vulto–
Deixem cair, grãos, o tempo,
Deixem vida, muita, às nuvens,
Entreguem armas aos homens.
Palavras, flautas, caminhos –
Mirantes.
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