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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



sábado, 19 de dezembro de 2009

diamantes

Agora,
Será agora:
Nem antes, nem depois
De agora.

Agora, sim:
Rufarão agoras de ontem,
Lembrança;
Virão agoras de amanhã,
presságio,
Para compassar esse agora,
tão magro.

Derramem as ampulhetas nas cânforas,
Silenciem os pequenos nas ágoras,
Imobilizem as nuvens com âncoras.

Assistamos aos instantes:
Ao primeiro, que é mais rápido,
Ao segundo, muito largo.

Mas antes –
Antes de passar o vulto–
Deixem cair, grãos, o tempo,
Deixem vida, muita, às nuvens,
Entreguem armas aos homens.
Palavras, flautas, caminhos –
Mirantes.

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