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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

um poema que fosse

uma queda de peito aberto no asfalto,
uma goiaba arremessada no muro,
uma martelada cega nos dentes,
um gole demorado na cachaça,
uma cuspida longa no rosto,
uma agulha quente no olho.

um poema de crueza única.
uma tradução de palavras
em cor
escorrendo dos poros.

o método da Poesia
é o poeta
sempresempre
sangrando.

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