,

"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



sábado, 18 de fevereiro de 2012

carnavalesco

lá pelo meio de fevereiro
ferve um fogo que fere o negro
na falta de doses de frevo.

em cidades distantes,
num tempo pralém de tanto
entre depois e antes,
queimando a rua no canto –
cada cabra com seu santo,
cada bloco com seu manto.

as rosas ainda bailam no mar
e o fogo tem muito para rodar:

por quantos segundos
eu quero a tua mão e um vão,
limão, calção, canção, ilusão.

eu quero a alegria de quem acha,
eu quero a emoção de quem perde,
achas de graça, cachaça, praça,
raça, caça, massa, passa.

eu quero a doçura de uma ladeira
com mil casarões na beira,
eu quero o bolo de suor e sol,
e sal, e céu, e teu, e mel e só.

Um comentário:

  1. Acha-se de graça também a cor, o cheiro, o som, o movimento...

    ResponderExcluir