lá pelo meio de fevereiro
ferve um fogo que fere o negro
na falta de doses de frevo.
em cidades distantes,
num tempo pralém de tanto
entre depois e antes,
queimando a rua no canto –
cada cabra com seu santo,
cada bloco com seu manto.
as rosas ainda bailam no mar
e o fogo tem muito para rodar:
por quantos segundos
eu quero a tua mão e um vão,
limão, calção, canção, ilusão.
eu quero a alegria de quem acha,
eu quero a emoção de quem perde,
achas de graça, cachaça, praça,
raça, caça, massa, passa.
eu quero a doçura de uma ladeira
com mil casarões na beira,
eu quero o bolo de suor e sol,
e sal, e céu, e teu, e mel e só.
Acha-se de graça também a cor, o cheiro, o som, o movimento...
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