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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

uma piada, ou ainda: para a história inglória de alguns “amores”

coice de sonhos:
a dor é doce
e mancha o corpo
com um mel sem fim

pelos meus pés,
já passaram três gerações
de formigas.
nas caldeiras do peito,
preparei litros e litros
de chocolate

nas abas do panamá,
caíram açúcares de mil invernos.
andando pelos lábios,
o sorriso de um padeiro feliz;
mas foste tu, tu és
a doceira da minha agonia,
afrodite semeando diabetes,
vênus da obesidade alheia

(mas há os que perceberão -
entre as juras de amor,
que vez por outra cem,
e tantas compotas reservadas -
a presença discreta de
litros por cima de litros
de algum ácido escondido
nos teus olhares e gemidos)

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