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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

esmo, léu

cabe a poesia antes que venha o fogo, os chutes, a água, o cuspe, as espingardas, o descaso e o ódio... cabia

a minha tigela
tem as cores do céu
e nuvens escassas
tintilando ligeiras.

tem o brilho do sol
mais que o das nuvens,
o cheiro do vento
mais que o da comida.

(mal) cabe a mim,
aos meus pequenos
e à poesia da súplica:
cabe a fome.

na minha tigela,
vê-se o fundo,
cabe o mundo
invertido.

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