a um hoje tão ontem
informo
aos senhores,
incautos
doutores
da moral
e cívica,
doutores
do ITA,
do IME,
da UTI,
OSPB,
gente da
tevê,
os que
comentam jornais
e a
porra toda:
vão se
foder
e o mais
é o cais
onde
aportam palavras
concretas armadas,
concretas armadas,
pêssegos e tontos
marinheiros,
flibusteiros
tiranossauros,
genuínos
felicianos
e outros tantos
dinossauros
calvos,
tardos,
mas sim falhos
parvos
otários de paletó
um nó na
língua
pra
morrer à míngua
num
chiqueiro,
num
beiço de bueiro,
num apê
fuleiro
com
vista prum rebanho
de coices,
fiéis vibradores
isso de
meter sempre o focinho
é de
quem não libera o cofrinho,
não vive
zen
não ama
sem
ver o
jardim do outro,
não tem
braços
pra
abraços de polvo
puto
um murro
no muro,
um pulo
do muro,
um beijo
no muro
falir o
escuro
Ei, rapaz, por que tanto silêncio? Tanta coisa acontecendo, cadê tuas palavras? Ivanildo.
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