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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



quarta-feira, 3 de abril de 2013

pétalas e flechas


para t.

afogo a quinta palavra,
onde cantava recifes, arpões,
odisséias, flechas e pétalas...
quase nada.

já não farei mais
poemas contidos,
quase-ditos,
com (silêncios de) ogivas
de mil mega-tons de vermelho
que não explodiriam
sobre os teus seios.

mas canto palavras em que diga
que te quero –
pouco ou muito, hoje ou sempre,
sem voltas, sem fugas .

e já não risco versos feito fósforos,
nem digo baralhos, mapas,
ou faço ogivas e cartas...

a não ser que tu me peças,
bela,
por mais pétalas e flechas.

e sou mil flores, luares...
naufrágios, corais
e mares.

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