para t.
afogo a quinta palavra,
onde cantava recifes,
arpões,
odisséias, flechas e
pétalas...
quase nada.
já não farei mais
poemas contidos,
quase-ditos,
com (silêncios de) ogivas
de mil mega-tons de vermelho
que não explodiriam
sobre os teus seios.
mas canto palavras em que
diga
que te quero –
pouco ou muito, hoje ou
sempre,
sem voltas, sem fugas .
e já não risco versos feito
fósforos,
nem digo baralhos, mapas,
ou faço ogivas e cartas...
a não ser que tu me peças,
bela,
por mais pétalas e flechas.
e sou mil flores, luares...
naufrágios, corais
e mares.
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