Façamos um trato, Amor,
assim,
informalmente.
Não exigirei muito de você,
serei humilde
como a torneira que pinga a vida
toda a vida.
Não usarei fogos de artifício
para dizer teu nome
vizinho ao nome da amada,
basta saber que caminhas cá,
no peito dela.
Não gritarei aos jornais -
deixa que estejas sereno,
em cada página,
como um velhinho simpático
que ri da fuzilaria.
Façamos um trato, amigo:
não levantarei teu humano nome em vão,
e permitirás que vão-se os anos.
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