há um tempo
que é tempo o
bastante
para saber
quaisquer coisas
sobre a tua
ausência –
essa que quanto
mais ela
mais se assemelha
a tua presença.
sei
que não morro, nem nada.
passo
bem, vivo,
peço
fogo a desconhecidos:
paro
no sinal.
como
três vezes ao dia,
no
mínimo.
às
vezes, balanço o oceano
e
animo as ondas.
ainda
acendo o sol com o pouco
fogo
de um isqueiro.
picho
poemas etéreos no concreto
muro
do parlamento.
sem o que é teu –
vapor
de lábios
em
meu ouvido,
olhar
que se dissolve
em
pálpebras,
fantasia de oboés
sobre
o lençol –
passo
quase impune:
a
poesia me entrega
sem
saber
se
me recebes.
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