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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



segunda-feira, 25 de junho de 2012

a oração da crise

aço nosso que estás mais adiante,
metalizado seja o vosso nome,
[milhões de desempregados no mundo]
venha a nós teu corpo montado.
seja feita a vontade do patrão
[deputados tem o salário aumentado]
assim na fábrica como na rua.
o pão nosso de cada dia nos dai hoje,
[governo manda milhões aos bancos]
assim como damos nosso suor vendido
a quem nos tem ofendido.
[sindicatos dizem não poder fazer nada]
não nos deixeis cair em desemprego,
mas, por via das dúvidas, livrai-nos da polícia.

amém.


(séculoXXIpoemas, trecho do poema IX)

3 comentários:

  1. Poeta, perdo-me se isso te ofender de alguma maneira, mas.... amo você... Ivanildo

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    1. Não me ofende de jeito nenhum, Ivanildo: dá mais vontade de publicar o que eu escrevo.Abração

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