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"Nasci pela Ingazeiras/ Criado no ôco do mundo./ Meus sonhos descendo ladeiras,/ Varando cancelas,/Abrindo porteiras./ Sem ter o espanto da morte/ Nem do ronco do trovão,/ O sul, a sorte, a estrada me seduz./ É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz/ É ouro em pó, é ouro em pó./ É ouro em pó que reluz:/ O sul, a sorte, a estrada me seduz"

- Ednardo



quinta-feira, 15 de abril de 2010

sexta corda




"falo da vida do povo: nada de velho, ou de novo"

nosso velho violão preto
na praça da gentilândia:
notas de vinho, canções embreagados
nós embreagadas elas.

somos quatro marginais
sentados em chão e banco verde
tomando um garrafão violado
aos gritos
somos quatro marginais.

sobra noite
e o palmo que resta
é sombra,
árvores. sóis são faróis,
faróis são gente

mente quem diz que o dia
só é dia de manhã,
há muitos sóis-gente
caminhando de vermelho e linho e grisalho,
e diapasão, e voz, e cigarro e
babi guedes.

nosso velho violão, bicentenário
quase,
sem a sexta corda,
mas pra que corda
se há babi?

o que falta, a medida que sobra,
é respeito a essa gente-babi
caminhando genial pelas ruas.

sobra poeira nos olhos.

"alegria do povo é sambar e sonhar"

Caiu a folha

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