"a cidade não está no homem
do mesmo modo que em suas
quitandas praças e ruas"
-ferreira gullar, "poema sujo" (buenos aires, 1975)
a cidade em que vou
perdendo os pés
não é aquela que corre
iluminada
entre os cabelos.
dela, aquela,
sobram pedras e perdas
avenidas ou veredas
que tomam de assalto
os olhos que as viram
se nada mais veem –
quando cerram as cortinas
feito em sono bravo.
feito feitiço
lançado em meu nome:
magia de areia soprada sempre
pelo vento
cegueira de sol batendo duro
no chapéu
assombro de céu fechando
água
sobre o tempo.
castigo e alento:
o que só cabe em si
desagua desterro em mim,
foz de um rio n'outro.
mui buena! :DDDD
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